quarta-feira, 23 de junho de 2010

Número de Fourier

Em física e engenharia, o número de Fourier (Fo) ou módulo de Fourier, em homenagem a Joseph Fourier, é um número adimensional que caracteriza a condução de calor. Conceptualmente, é o rácio entre a taxa de condução de calor para a taxa de armazenamento de energia térmica. É um numero adimensional, que tal como o número de Biot, que caracteriza os problemas de condução transiente, sendo definido como:

\mbox{Fo} = \frac{\alpha t}{R^2}

onde,

Modelagem, similaridade e análise dimensional

http://www.eduloureiro.com.br/index_arquivos/mfaula8.pdf

terça-feira, 22 de junho de 2010

Motor Stirling

Motores Stirling

É um motor de combustão externa. Teoricamente, o motor Stirling é a máquina térmica mais eficiente possível. Alguns protótipos construídos pela empresa holandesa Phillips nos anos 50 e 60 chegaram a índices de 45%, superando facilmente os motores a gasolina, diesel e as máquinas a vapor (eficiência entre 20% e 30%).

Este tipo de motor funciona com um ciclo termodinâmico composto de 4 fases e executado em 2 tempos do pistão: compressão isotérmica (=temperatura constante), aquecimento isométrico (=volume constante), expansão isotérmica e resfriamento isométrico. Este é o ciclo idealizado (válido para gases perfeitos), que diverge do ciclo real medido por instrumentos. Não obstante, encontra-se muito próximo do chamado Ciclo de Carnot, que estabelece o limite teórico máximo de rendimento das máquinas térmicas.

O motor Stirling surpreende por sua simplicidade, pois consiste de duas câmaras em diferentes temperaturas que aquecem e resfriam um gás de forma alternada, provocando expansão e contração cíclicas, o que faz movimentar dois êmbolos ligados a um eixo comum. A fim de diminuir as perdas térmicas, geralmente é instalado um "regenerador" entre as câmaras quente e fria, onde o calor (que seria rejeitado na câmara fria) fica armazenado para o fase seguinte de aquecimento, incrementando sobremaneira a eficiência termodinâmica. O gás utilizado nos modelos mais simples é o ar (daí a expressão citada acima); hélio ou hidrogênio pressurizado (até 150kgf/cm2) são empregados nas versões de alta potência e rendimento, por serem gases com condutividade térmica mais elevada e menor viscosidade, isto é, transportam energia térmica (calor) mais rapidamente e têm menor resistência ao escoamento, o que implica menos perdas por atrito. Ao contrário dos motores de combustão interna, o fluido de trabalho nunca deixa o interior do motor; trata-se portanto de uma máquina de ciclo fechado.

Para motores Stirling, o número de Schmidt representa potência específica adimensional. Gustav Schmidt do Instituto Politécnico Alemão de Praga publicou uma análise em 1871 para solução de forma fechada agora famosa para um modelo de motor Stirling isotérmico idealizado.

Sc=Q/p.V

onde,

Sc é o número de Schmidt
Q é o calor transferido no fluido em trabalho
p é a pressão média do fluido em trabalho
V é o volume percorrido pelo pistão

Número de Schmidt

Número de Schmidt é um número adimensional definido como a razão de difusividade de momento (viscosidade) e difusividade de massa, e é usada para caracterizar fluxos de fluidos nos quais existem simultaneamente processos de difusão de momento e massa. Foi nomeado em relação ao engenheiro alemão Ernst Heinrich Wilhelm Schmidt (1892-1975).
O número Schmidt é a razão entre a componente de cisalhamento para a densidade/viscosidade da difusividade à difusividade para transferência de massa D. Fisicamente relaciona a espessura relativa da camada hidrodinâmica e uma camada limite de transferência de massa.

Ela é definida como:

Sc = v/D

onde:
v é a viscosidade cinemática ou (μ/) em unidades de (m2/s)
D é a difusividade de massa (m2/s).

ANÁLISE DIMENSIONAL

>Como o número de grupos adimensionais é relativamente menor que o número de variáveis físicas, há uma grande redução de esforço experimental para estabelecer a relação entre algumas variáveis;
>A relação entre dois números adimensionais é dada por uma função entre eles com uma única curva relacionando-os;
>Pode-se afirmar que os grupos adimensionais produzem melhor aproximação do fenômeno do que as próprias variáveis;
>Restringindo as condições dos experimentos é possível obter dados de diferentes condições geométricas mas que levam ao mesmo ponto na curva;
>Isto é, experimentos de diferentes escalas apresentam os mesmos valores para os grupos adimensionais a eles pertinentes;
>Nessas condições os experimentos apresentam semelhança dinâmica.

Análise Dimensional

>É um meio para simplificação de um problema físico empregando a homogeneidade dimensional para reduzir o número das variáveis de análise;

A análise dimensional é particularmente útil para:

>Apresentar e interpretar dados experimentais;
>Resolver problemas difíceis de estudar com solução analítica;
>Estabelecer a importância relativa de um determinado fenômeno;
Modelagem física.

Uma grandeza ou grupo de grandezas físicas tem uma dimensão que é representada por uma relação das grandezas primárias;
Se esta relação é unitária, o grupo é denominado adimensional, isto é, sem dimensão;
Um exemplo de grupo adimensional é o número de Reynolds.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Número de Reynolds:

>Relação entre Forças de Inércia e Forças Viscosas;

>Um número de Reynolds “crítico” diferencia os regimes de escoamento laminar e turbulento em condutos na camada limite ou ao redor de corpos submersos;


Número de Froude:

>Relação entre Forças de Inércia e Peso (forças de gravidade);

>Aplica-se aos fenômenos que envolvem a superfície livre do fluido;

>É útil nos cálculos de ressalto hidráulico, no projeto de estruturas hidráulicas e no projeto de navios;

Número de Euler:

>Relação entre Forças de Pressão e as Forças de Inércia;

>Tem extensa aplicação nos estudos das máquinas hidráulicas e nos estudos aerodinâmicos

Número de Mach:

>Relação entre Forças de Inércia e Forças Elásticas;

>É uma medida da relação entre a energia cinética do escoamento e a energia interna do fluido;

>É o parâmetro mais importante quando as velocidades são próximas ou superiores à do som;

Número de Weber:

>Relação entre Forças de Inércia e Forças de Tensão Superficial;

>É importante no estudo das interfaces gás-líquido ou líquido-líquido e também onde essas interfaces estão em contato com um contorno sólido;


Número de Nusselt:

>Relação entre fluxo de calor por convecção e o fluxo de calor por condução no próprio fluido;

>É um dos principais grupos adimensionais nos estudos de transmissão de calor por convecção;


Número de Prandtl:

>Relação entre a difusão de quantidade de movimento e difusão de quantidade de calor;

>É outro grupo adimensional importante nos estudos de transmissão de calor por convecção;
Grupos Adimensionais
>São extremamente importantes na correlação de dados experimentais;

>Em razão das múltiplas aplicações dos grupos adimensionais nos estudos de modelos e aplicações de semelhança dinâmica, vários grupos foram criados nas diversas áreas que compõem os Fenômenos de Transporte

Alguns dos mais importantes:
Número de Reynolds;
Número de Froude;
Número de Euler;
Número de Mach;
Número de Weber;
Número de Nusselt;
Número de Prandtl;

NUMEROS ADIMENSIONAIS

Números Adimensionais - π
São números puros, obtidos através de uma combinação adequada das variáveis que causam influência no fenômeno.
A equação dimensional de um número adimensional será sempre: [π] = Fº Lº Tº, sendo esta a forma de verificarmos se o mesmo é ou não número adimensional.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Avaliação 1

Caro grupo,

O Blog de vocês está bom. A avaliação 1 ficou em 8,0. Não esqueçam do segundo assunto.
Prof. Angela

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DEFINIÇÃO DE FLUIDOS

Definição de um fluido
Fluidos são substâncias que são capazes de escoar e cujo volume toma a forma de seu recipiente. Quando em equilíbrio, os fluidos não suportam forças tangenciais ou cisalhantes. Todos os fluidos possuem um certo grau de compressibilidade e oferecem pequenas resistência à mudança de forma.
Os fluidos podem ser divididos em líquidos e gases. A principal diferença entre eles são: ( a ) os líquidos são praticamente incompressíveis, ao passo que os gases são compressíveis e muitas vezes devem ser assim tratados e ( b ) os líquidos ocupam volumes definidos e tem superfícies livres ao passo que uma dada massa de gás expande-se até ocupar todas as parte do recipiente.

VISCOSIDADE DOS FLUIDOS

FIGURA DE CIMA REPRESENTA UM FLUIDO COM PEQUENA VISCOSIDADE E A REPRESENTAÇÃO ABAIXO, UM FLUIDO COM GRANDE VISCOSIDADE

Tipos de escoamentos

Os escoamentos podem ser classificados quanto à compressibilidade e quanto ao grau de mistura macroscópica.

Um escoamento em que a densidade do fluido varia significativamente é um escoamento compressível. Se a densidade não variar significativamente então o escoamento é incompressível.

O grau de mistura de um fluido em escoamento depende do regime de escoamento, que pode ser laminar, turbulento ou de transição.No regime laminar, as linhas de fluxo são paralelas ao escoamento, fazendo com que o fluido escoe sem que ocorra mistura. Em um duto circular, o escoamento é laminar até um valor de Reynolds de aproximadamente 2100.

Na transição entre os regimes laminar e turbulento, percebe-se que as linhas de fluxo se tornam onduladas, o que indica que começa a haver mistura entre uma camada e outra. Para um duto circular, esse regime ocorre para um valor de Re entre 2100 e 2300.

Para valores de Re acima de 2300, têm-se regime turbulento. Nesta fase, percebe-se uma mistura entre as camadas de fluxo.

APLICAÇÕES DA MECÂNICA DOS FLUIDOS

Mecânica dos fluidos é a ciência que tem por objetivo o estudo do comportamento físico dos fluidos e das leis que regem este comportamento.

Aplicações:
Ação de fluidos sobre superfícies submersas. Ex.: barragens.
Equilíbrio de corpos flutuantes. Ex.: embarcações.
Ação do vento sobre construções civis.
Estudos de lubrificação.
Transporte de sólidos por via pneumática ou hidráulica. Ex.: elevadores hidráulicos.
Cálculo de instalações hidráulicas. Ex.: instalação de recalque.
Cálculo de máquinas hidráulicas. Ex.: bombas e turbinas.
Instalações de vapor. Ex.: caldeiras.
Ação de fluidos sobre veículos (Aerodinâmica).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

colaboradores

Oi Matheus
Só tu estas postando no blog?
abraço
Pro. Angela

segunda-feira, 5 de abril de 2010

GRÁFICO



Dilatante: a viscosidade aumenta com o aumento da tensão.

Pseudoplástico: a viscosidade diminui com o aumento da tensão.

Binghamianos: estes fluidos requerem a aplicação de uma tensão para que seja causada uma deformação. Quando submetidos a pequenas tensões se comportam como sólidos. É o caso mais simples dos fluidos não-Newtonianos. Exemplo disso são as lamas de perfurações.

FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

Um fluido não-newtoniano é um fluido cuja viscosidade varia de acordo com o grau de deformação aplicado. Como conseqüência, fluidos não-newtonianos podem não ter uma viscosidade bem definida. A viscosidade de tais fluidos não é constante. Embora o conceito de viscosidade seja comumente usado para caracterizar um material, ele pode ser inadequado para descrever o comportamento mecânico de uma substância, em particular dos fluidos não-newtonianos. Eles são mais bem estudados através de várias outras propriedades reológicas que mostram as relações entre os tensores de tensão e de deformação sob diferentes condições de fluência, como a deformação oscilatória ou o fluxo extensional, que são medidos através de diferentes dispositivos ou reômetros. As propriedades reológicas são mais bem estudadas através do uso de equações constitutivas na forma tensorial, que são comuns no campo da mecânica do contínuo.

DESAFIO!

Desconfiando que a gasolina utilizada no motor de seu carro está adulterada, o que você faria para confirmar esta desconfiança?

  1. Pesquisa-se os valores admissíveis para a massa específica da gasolina.
  2. Escolhe-se um recipiente de volume (V) conhecido.
  3. Através de uma balança obtém-se a massa do recipiente vazio (m1)
  4. Enche o recipiente com uma amostra de volume (v) da gasolina

5. Determina-se a massa total (recipiente mais o volume V da amostra da gasolina – m2)

6. Através da diferença entre m2 e m1 se obtém a massa m da amostra de volume V da gasolina, portanto, obtém-se a massa específica da mesma, já que:

ρ=m/v

7. Compara-se o valor da massa específica obtida com os valores especificados para que a gasolina seja considerada sem adulteração.

8. Através da comparação anterior obtém-se a conclusão se a gasolina encontra-se, ou não, adulterada.